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O que fazer para manter a juventude, e se tornar um Super-Senior.

Cientistas de Harvard dizem que sair da zona de conforto é uma das chaves para se manter jovem.

Depois de uma certa idade, se existe uma coisa que estamos sempre atrás, essa coisa é a desaceleração do tempo, ou uma fonte da juventude.

Enquanto jovens não percebemos o peso dos anos em nossa face, ou em nosso corpo, mas a partir das primeiras rugas, dos primeiros sinais de que a nossa “máquina” já não é mais tão ágil ou flexível, corremos para os médicos e cientistas em busca de uma técnica milagrosa, ou de algum tratamento revolucionário que retarde o nosso envelhecimento. Será que eles existem? Desconheço.

Entretanto, há um grupo de idosos que parece ter encontrado a tão falada Fonte da Juventude”. E a ciência já os identificou e os estudou. São chamados de Super-Agers, ou Super-Idosos, ou, também, para mim, Super-Seniors.

E para minha alegria, um dos ingredientes fundamentais para que nos tornemos Super-Seniors é sair de nossas zonas de conforto, algo que naturalmente acontece quando viajamos.

Em meu trabalho de coleta de comprovações científicas dos benefícios decorrentes da prática do turismo e das viagens, tenho encontrado especialistas a confirmarem os ganhos à saúde cerebral, mental, física e emocional que podem ser alcançados destas atividades.

Veja o post com a entrevista com o neurocientista Dr. Abrahão Fontes Baptista.

Para consolidar ainda mais a tese que defendo, é a matéria apresentada pela Harvard Medical School, sobre os fatores que fazem com que certos idosos tenham se tornado Super-Seniors.

  • Quem são estes Super-Seniors?

Os cientistas afiliados a Harvard quando tratam destes humanos privilegiados, referem-se a pessoas na faixa dos 70 e 80 anos que têm a capacidade mental ou física de pessoas até 30 anos mais jovens.

Mas, como esses idosos se tornaram Super?

Segundo o Dr. Bradford Dickerson, neurologista do Hospital Geral de Massachusetts, afiliado a Harvard, e seus colegas que estudam os Super-Idosos há vários anos, abraçar novos desafios mentais pode ser a chave para preservar o tecido cerebral e a função cerebral.

Eu (Silvia Triboni), me achando super (risos)

Em um estudo, 81 adultos saudáveis ​​- 40 dos quais tinham entre 60 e 80 anos e 41 deles tinham entre 18 e 35 anos – foram lidos uma lista de 16 substantivos seis vezes. Vinte minutos depois, eles foram solicitados a relembrar o maior número possível de palavras. Enquanto 23 dos participantes mais velhos recordaram nove ou menos palavras, uma pontuação considerada média para a sua faixa etária, 17 idosos – os Super-Seniors – lembraram 14 palavras ou mais, uma pontuação semelhante a dos participantes mais jovens.

Os participantes também foram submetidos a ressonância magnética funcional, que fornece imagens do cérebro em trabalho.

Os pesquisadores descobriram que algumas áreas do cérebro pareciam mais finas – uma indicação de perda de células – nas pessoas mais velhas que tinham resultados normais nos testes, mas não naqueles que pontuavam tão bem quanto nos participantes mais jovens.

Essas regiões cerebrais específicas estão envolvidas em muitas funções, incluindo emoção, linguagem e estresse. Elas também são responsáveis ​​por regular órgãos internos e coordenar informações sensoriais em uma experiência coesa.

Quanto mais espessas forem essas regiões do cérebro, melhor será o desempenho de uma pessoa em testes de memória e atenção, como o teste de memorização de palavras.

Embora os cérebros dos Super-Idosos mostrem menos perda de células do que os de seus contemporâneos, seu QI e seus níveis educacionais são semelhantes.

O que os distingue pode ser que eles enxerguem a solução de problemas de maneira diferente, diz Dickerson. “Eles podem abordar essas tarefas como desafios estimulantes, em contraste com os idosos que preferem desistir de tais desafios do que enfrentá-los”.

Um dos colegas do Dr. Dickerson, a Dra. Lisa Barrett, especula que os Super-Seniors possuem mais vontade de enfrentar as dificuldades, de conhecer o novo, de dominar uma nova habilidade, como tocar um instrumento musical ou falar um novo idioma.

O turismo nos tira da zona de conforto (Foto Pixabay)

Os Super-Agers não se importam em deixar suas zonas de conforto para ganhar novas áreas de conhecimento e novas experiências.

Ao viajar e fazer turismo saímos de nossa rotina.

Adaptar-se a novas situações, conversar com pessoas locais, nos locomovermos em cidades diferentes nos força ao uso da rede cerebral, ativando-se regiões não usualmente exploradas, atividades que, segundo os cientistas, podem nos permitir a qualidade de Super-Agers.

  • Como ser um Super-Senior Físico

Os Super-Idosos Físicos têm pontuações que rivalizam com as das pessoas décadas mais jovens, especialmente em medidas de capacidade aeróbica – a quantidade de oxigênio que você pode absorver e distribuir em seus tecidos em um minuto.

Esportes desafiantes (foto Pixabay)

Em média, as pessoas perdem 10% de sua capacidade aeróbica a cada década após os 30 anos. “Alguns estudos indicaram que pessoas na faixa dos 80 que se exercitaram em alta intensidade por 20 a 45 minutos por dia têm uma capacidade aeróbica de 30 anos mais jovens”. diz o Dr. J. Andrew Taylor, diretor do Laboratório de Pesquisa Cardio-vascular da Rede de Reabilitação de Spaulding, afiliada à Harvard.

Embora qualquer atividade física e mental regular reduza os riscos à saúde, a atividade física intensa aumenta a capacidade aeróbica e a atividade mental intensa preserva áreas do cérebro envolvidas na memória e no raciocínio.

Receita para ser um Super-Senior

Seguir as sugestões abaixo pode não garantir que você se tornará um Super-Senior, mas, certamente o colocará no caminho para se sentir vigoroso e jovem, além de ter uma saúde melhor.

  • Abrace desafios.

Eu em desafio no Marrocos

  • Viaje e faça turismo com constância.
  • Faça palavras cruzadas, jogos matemáticos.
  • Tente fazer algo que você teria contratado outra pessoa para fazer no passado, como montar uma peça de mobília ou instalar um novo software.
  • Seja voluntário em um projeto que possa parecer um pouco intimidador, ou desafiante.
  • Faça uma atividade de lazer diferente das que você costuma fazer, como por exemplo se juntar a um grupo de teatro, escrever poesia, aprender uma nova língua, ou, tornar-se proficiente em seu instrumento musical.
  • Aumente sua capacidade de exercício físico (com acompanhamento médico).
  • Tenha paciência e perseverança para para dominar os desafios.
  • Não deixe sua idade te deter.

Enquanto você estiver com saúde para enfrentar um desafio, sua idade não deve impedi-lo.

Mary Robertson “Vovó” Moses não começou a pintar a sério até os 78 anos. A juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg começou a trabalhar com um personal trainer aos 68 anos após tratamento de câncer de cólon. Hoje, aos 86 anos, ela ainda faz um treino regular, com acompanhamento médico.

O que o impede de começar já a seguir a receita do Super-Senior?

Comece cuidando de seus momentos de lazer, planejando viagens para novos destinos próximos, ou mesmo, explorando as atrações turísticas de sua cidade, saindo de sua zona de conforto.

A satisfação de ampliar seu conhecimento, e cuidar de sua saúde física, mental e social será grandiosa e inesquecível.

Comece já e depois me conte como se sentiu.

Obrigada!

Silvia Triboni

 

 

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